quarta-feira, 22 de junho de 2011

Não tá claro nem escuro. Nem dia, nem noite. Nem chei
o, nem vazio. Nem quente, nem frio. Nem longe, nem perto. Nem triste, nem feliz.
Não sorrio, não choro. Não corro, não ando. Não durmo, não acordo. Não vivo, não morro.
Me perco, não me encontro, me desepero.
Tudo igual. Tudo monótono.
Assim são meus dias sem você.

segunda-feira, 18 de abril de 2011

No ultimo post, falei sobre o amor e suas definições. É, de fato, um sentimento lindo... Mas porque quem ama sofre tanto, e de tantas formas? Sofre-se por amores não correspondidos, pela distância, amores platônicos, acabados...
Faço minhas (mais uma vez) as palavras de Renato Russo: Se o amor é verdadeiro, não existe sofrimento. E não existe mesmo. Pelo menos não deveria existir. Então, como explicar a famosa "fossa"?
Acredito que tal questionamento possa ser explicado pela 1ª Lei de Newton. Parece ilógico que um princípio físico baseado em cálculos nos ajude a entender algo tão abstrato quanto o amor... Mas Newton disse que ""Todo corpo permanece em seu estado de repouso ou de movimento retilíneo e uniforme, a menos que seja obrigado a mudar seu estado por forças a ele impressas." Todavia, como isso se relaciona com o sofrimento?
É simples. O ser humano tende a se acomodar em situações supostamente favoráveis, à espera de que algo mude. Imagina situações e vive de ilusões, sem fazer absolutamente nada para mudar a realidade.
Os amores platônicos, por exemplo. Não raro nos apaixonamos e ficamos a espera de uma situação ideal, de uma acaso, de uma "força" que faça com que a pessoa amada adivinhe o nosso sentimento e, de alguma forma, corresponda a esse amor. Nos alimentamos de sonhos, imaginamos como será, no futuro, quando tudo acontecer, e ficamos inertes...
E quando levamos um pé na bunda? Por que não nos conformamos e continuamos a viver, por mais difícil que pareça? Acontece que, quando amamos alguém, pode ser a milésima pessoa por quem nos apaixonamos, que sempre achamos que aquela é a pessoa certa, a alma gêmea, "o" grande amor, e por aí vai... E acreditamos piamente que num belo dia a pessoa amada vai perceber que cometeu um erro e irá pedir pra voltar... e é nessa crença que interrompemos nosso caminho, nos limitando apenas a imaginar um futuro que não existe, e que provavelmente nunca vai acontecer.
E é sempre assim, não importa o porquê do sofrimento. Por mais lindo que o amor seja, ficamos inertes a espera da situação ideal, e não deixamos que ele de fato aconteça. Quando acaba, ou quando nunca acontece, quando demos tudo de nós e não dá certo, é hora de seguir em frente. Não dá pra esperar que uma força seja aplicada para fazermos algo. Não dá pra ficar parado à espera de que tudo mude. Por que, quando é verdadeiro, ele é correspondido. Não existe condições, situações ideais, sonhos impossíveis, a espera interminável de um telefonema que nunca vamos receber, ou de um pedido que se perdeu. Existe APENAS o amor, a pessoa amada, lembranças do que aconteceu, momentos verdadeiros passados juntos e sonhos para o futuro.
Portanto, ao invés de esperar que uma força mude o estado atual, podemos simplesmente virar a página, encerrar o capítulo, seguir o caminho com a cabeça erguida. Procurar um novo amor, buscar a felicidade e aprender a viver com aquilo que se tem, e não com aquilo que sonhamos que um dia vai acontecer.
Repito: O amor é simples. Pra que complicar, pra que sofrer? Apenas ame!

domingo, 3 de abril de 2011

Fácil definir o amor. Já foi poetizado, cantado...
Para os poetas, o amor é sentimento, sofrimento, prazer...
Para os cientistas, é um monte de hormônios que entram em ação quando encontramos alguém com genes compatíveis e que são fundamentais para a existência da espécie humana.
Para os cantores, o amor é música, prosa. O amor são versos que cantam a solidão, a paixão, a felicidade.
Ouso até a citar um sábio questionamento do Renato Russo: Quem inventou o amor?
Será que ele foi mesmo inventado? Ou sentido? Ou amado?
Será que algum desses poetas teve êxito ao descrevê-lo?
A verdade é que a plenitude do amor não está nos versos: Está em senti-lo.
Não está em palavras, está em se ter o ser amado do seu lado.
A beleza do toque não está no papel: Está na pele. Nos olhos.
O amor é bonito até no sofrimento: só assim entendemos o que ele significa, e o quão importante e intenso ele é.
O amor não se limita à fisiologia, como teima em dizer os céticos, que querem ter explicações para tudo. Simplesmente não pode ser explicado: é simples.
Simples como amar.

Talvez...

Talvez não ser,
é ser sem que tu sejas,
sem que vás cortando
o meio dia com uma
flor azul,
sem que caminhes mais tarde
pela névoa e pelos tijolos,
sem essa luz que levas na mão
que, talvez, outros não verão dourada,
que talvez ninguém
soube que crescia
como a origem vermelha da rosa,
sem que sejas, enfim,
sem que viesses brusca, incitante
conhecer a minha vida,
rajada de roseira,
trigo do vento,

E desde então, sou porque tu és
E desde então és
sou e somos...
E por amor
Serei... Serás...Seremos...

Pablo Neruda

sábado, 25 de setembro de 2010

Tá difícil esconder

O que sinto por você...

Por mais que eu tente negar com palavras,

Com medo de me entregar demais,

Os meus olhos me traem quando te vejo...

Parece que todo o mundo some,

E então, sou só eu e você!

Parece magia...

Mas é só o amor surgindo

Devagar, sorrateiro

Quase imperceptível

E, quando menos espero,

Vejo que já não posso ficar sem você

Por mais que eu tente não pensar,

Esse sentimento é bem mais forte que eu

Resta então me render à sua força

Aos seus beijos, ao seu toque, ao seu olhar

Por que é tarde demais pra voltar atrás

Então, não espere mais,

Que eu já não sei viver sem você...